A epidemia do zika tem causado preocupação no mundo inteiro. Globalmente, vimos um aumento de mais de 3.000% nas buscas sobre o vírus desde novembro e, no mês passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência de saúde pública. A correlação possível entre zika, microcefalia e outros males congênitos é particularmente alarmante.

Mas, ao contrário de muitas outras pandemias globais, a disseminação do zika vírus tem sido mais difícil de identificar, mapear e conter. Acredita-se que 4 em cada 5 pessoas com o vírus não aparentam quaisquer sintomas. O transmissor primário da doença, o mosquito Aedes aegypti, está em muitos lugares e é difícil de eliminar. Isso significa que a luta contra o zika requer conscientização sobre como as pessoas podem se proteger, bem como apoio às organizações que podem ajudar a impulsionar o desenvolvimento de diagnósticos rápidos e de vacinas. Também temos que encontrar melhores formas de visualizar a ameaça de modo que as autoridades de saúde pública e as ONGs possam apoiar as comunidades em risco.

Como uma empresa cuja missão é ajudar as pessoas a encontrar informação, e com muita experiência em análise de grandes conjuntos de dados, estamos em uma boa posição para ajudar - com escala e com velocidade. Por isso, hoje, temos engenheiros do Google trabalhando com a UNICEF para analisar dados a fim de determinar como mapear e antecipar o vírus. Além disto, fizemos algumas atualizações nos nossos produtos para tornar a informação sobre zika mais acessível e estamos doando à UNICEF US$ 1 milhão para ajudar os seus esforços.

Mapeamento de dados para ajudar com a prevenção

Uma equipe de engenheiros, cientistas de dados e designers voluntários do Google está ajudando a UNICEF a construir uma plataforma para processar dados de diferentes fontes (por exemplo, dados metereológicos e padrões de viagens), a fim de visualizar possíveis surtos. O grande objetivo desta plataforma de código aberto é identificar o risco de transmissão da zika para diferentes regiões e ajudar a UNICEF, governos e ONGs a decidir como e onde concentrar seu tempo e recursos. Este conjunto de ferramentas está sendo prototipado para reagir ao zika, mas também poderá ser aplicado a situações de emergência futuras.


Engenheiros de software do Google John Li e Zora Tung com o cientista da UNICEF Manuel Garcia Herranz e a Designer Tanya Bhandari, trabalhando na plataforma de dados de código aberto



Apoiando os esforços da UNICEF para combater o zika

Este US$ 1 milhão será usado pela UNICEF em esforços de conscientização, de redução das populações de mosquitos e de trabalhos com comunidades e governos focados na prevenção da transmissão do zika. A organização espera atingir 200 milhões de pessoas afetadas ou vulneráveis no Brasil e em toda a América Latina, com esses esforços.


© UNICEF/Ueslei Marcelino2016

Uma mãe segura seu bebê de 4 meses de idade nascido com microcefalia em Recife, Brasil. "Quando saí do hospital, já tinham outras 7 crianças na mesma situação", ela disse à UNICEF


Nós também lançamos uma campanha interna para incentivar doações dos funcionários do Google, que pretende angariar mais US$ 500.000 para a UNICEF e para a Organização Panamericana de Saúde (OPAS) para apoiar o seu trabalho neste campo.

Tornando informações sobre o Zika vírus acessíveis

Também criamos um quadro com informações extensas sobre o zika que aparecerá globalmente, em 16 idiomas, em resposta a buscas pelo termo “zika”. O quadro contém uma visão geral do vírus, informações sobre sintomas, e alertas de saúde pública que podem ser atualizados com novas informações à medida em que elas estiverem disponíveis.

combate ao zika

Nós também estamos trabalhando muito próximos de YouTubers em toda a América Latina, inclusive o Dr. Dráuzio Varella e Vila Sésamo, para disseminar cada vez mais conhecimento sobre a prevenção do zika vírus através de seus canais.

Esperamos que estes esforços sejam uteis na batalha contra esta nova emergência de saúde pública, e vamos continuar a fazer nossa parte para combater o zika.

E, se você tem curiosidade de visualizar o aumento de 3.000% na busca, aqui vai.


Postado por Jacquelline Fuller, diretora da Google.org